sexta-feira, 8 de abril de 2011

REUNIÃO DA DIREÇÃO DO SINTRAF DE SANTO ANTONIO



A Diretoria Executiva do SINTRAF de Santo Antonio (Sindicato dos trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar), se reunirão neste dia 09 de Abril de 2011 , as 15:00hs na sede do Sindicato.
Será uma reunião de planejamento para o ano 2011 do nosso Sindicato, sempre com o objetivo de oferecer os melhores serviços ao homem do campo", disse o Presidente do Sintraf, o Sr. José Dário Fortunato da Silva.
Participarão da Reunião, os 15 Diretores(as) da entidade.

Ministro da Agricultura confirma que RN terá escritório da Embrapa

Afonso Florence


Deu no panorama politico que o ministro da Agricultura Wagner Rossi confirmou que o Governo Federal irá instalar um escritório da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA) no rio Grande do Norte.

O ministro confirmou presença EXPOFRUIT, que será realizada no próximo mês dem Mossoró. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi criada em 26 de abril de 1973, e é hoje um dos principais órgãos da pasta.

Para ajudar a construir a liderança do Brasil em agricultura tropical, a Empresa investiu sobretudo no treinamento de recursos humanos; possui hoje 8.944 empregados, dos quais 2.024 são pesquisadores – 21% com mestrado, 71% com doutorado e 7% com pós-doutorado. O orçamento da Empresa para 2010 foi de R$ 1 bilhão e 863 mil.

Fonte: blog do Erinilson Cunha

ENCONTRO ESTADUAL DOS DELEGADOS TERRITORIAIS

Nos dias 29 e 30 de março de 2011, o Secretário do Sindicato, o Sr. João Cabral participou do encontro estadual de delegados territoriais, que aconteceu em Natal-RN, no Monza Palace Hotel. Estavam presentes delegados de várias regiões do estado. O encontro teve início com a explanação dos palestrantes, em seguida o Instituto de Desenvolvimento Sócio e Econômico - IDS, fez uma breve explanação e em seguida o Ministério de Desenvolvimento Agrário- MDA, do Conselho de Segurança Alimentar - CONSEA, após as apresentações foi formada equipes para oficinas, onde as mesmas tinham que mostrar a situação atual dos territórios. Também estiveram presentes representantes da UFRN, CNPQ, UERN, SDT. Tendo encerrado logo após o almoço do segundo dia, e ficando marcado o próximo encontro para Nova Cruz no dia 08/04.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aftosa: criadores do RN terão que vacinar rebanho entre maio e novembro


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou o calendário nacional de vacinação dos bovinos e búfalos contra a febre aftosa 2011 nesta sexta-feira, 1º. de abril. Em relação ao ano passado, ocorreram alterações no cronograma dos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, que anteriormente realizavam a imunização em abril e outubro. Agora, esses estados passarão a vacinar os seus rebanhos em maio e novembro, assim como o restante das unidades do Nordeste.
Em Goiás e no Distrito Federal, o cronograma de imunização também sofreu alteração. A vacinação anual de todos os bovinos e bubalinos será realizada em maio, enquanto os animais até 24 meses de idade serão imunizados a partir de novembro. Na nova zona livre de febre aftosa com vacinação do estado do Mato Grosso do Sul ─ localizada na fronteira com o Paraguai e Bolívia ─ o início da imunização, programado para (1º de abril), passará para 1º de maio.

O único estado que começa a vacinar o seu rebanho hoje é Roraima. No dia 15 de abril, será a vez de Rondônia. O restante das unidades inicia a imunização em maio, exceto Santa Catarina – livre de febre aftosa sem vacinação. A estimativa é que sejam disponibilizadas aproximadamente 560 milhões de doses em todo o Brasil. O rebanho brasileiro está estimado em 208 milhões de cabeças.

“Esse é o calendário oficial até o momento. Se houver necessidade de fazer alterações por questões climáticas, como secas ou excesso de chuvas, ou por dificuldade de execução plena da vacinação, nós vamos avaliar. É importante salientar que só ocorrerão mudanças em caráter excepcional e que em qualquer situação desse tipo, os pecuaristas serão comunicados com a devida antecedência”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Guilherme Henrique Figueiredo Marques.
Neste ano, os investimentos para controlar a doença podem alcançar R$ 59 milhões e serão aplicados no apoio à manutenção e melhoria estrutural dos serviços veterinários, capacitação de pessoal, campanhas de vacinação estratégicas e trabalhos de educação sanitária. No total, a previsão é destinar mais de R$ 93 milhões para a Saúde Animal.
O Ministério da Agricultura tem intensificado as ações contra a febre aftosa nos últimos oito anos. No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões, o que representa crescimento de 1.693,9%.

Em 2010, a taxa de cobertura vacinal de bovinos e búfalos contra a doença alcançou 97,3%. Os estados que registraram os melhores resultados na vacinação foram Mato Grosso, com 99,74%, Tocantins, com 99,52% e Mato Grosso do Sul, com 99,41% dos animais imunizados.
Classificação
15 unidades da federação são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detêm esse status, a região Centro-Sul do Pará e os municípios de Guajará e Boca do Acre, no Amazonas.
O estado de Santa Catarina é reconhecido pela OIE como livre da doença sem vacinação. Em risco médio estão Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e a região Centro-Norte do Pará. Em alto risco encontram-se Roraima, Amapá e as demais áreas do estado do Amazonas.

* Fonte: Ministério da Agricultura.

Cronograma preocupa investidores do setor eólico

O atraso na conclusão de uma nova subestação e a falta de uma linha de transmissão adequada para escoar energia têm preocupado investidores que optaram por construir parques eólicos no Rio Grande do Norte, como apontou a Folha de São Paulo, no último domingo. A informação foi confirmada por investidores entrevistados pela Tribuna do Norte. Otávio Silveira é presidente da Galvão Energia, empresa que está investindo R$ 400 milhões na construção de quatro parques eólicos no município de São Bento do Norte, capazes de gerar 94MW. Ele afirma que o atraso na conclusão da subestação “certamente atrapalhará os planos da empresa, mas o impacto ainda precisa ser avaliado com cuidado”.

Para amenizar os prejuízos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai tentar antecipar a conclusão da subestação para abril de 2013. A informação foi repassada pelo presidente do Comitê de Energias Renováveis da Federação das Indústrias no RN (Fiern), Sérgio Azevedo. “Caso não consiga antecipar a conclusão da subestação, a Aneel adiará a conclusão dos parques eólicos, prevista para janeiro, para setembro de 2013”, completou.

Devido a esta alteração, empresas como a Galvão Energia, segundo Otávio, estão reavaliando os cronogramas de implantação dos parques e estudando quanto vai ser desembolsado nesse período em função do novo cronograma. “Não vamos conseguir prorrogar o cronograma de implantação, em 100%, pelo mesmo prazo em que teremos o início do recebimento da receita da comercialização da energia atrasada. Esta é de fato a origem do principal prejuízo que terão os projetos. Ainda não conseguimos mensurar o valor exato até porque estamos neste momento fazendo uma reavaliação do cronograma em função da nova conjuntura”, afirmou o presidente da Galvão Energia.

Segundo Otávio, o valor a ser investido no RN continua o mesmo, mas, “como a rentabilidade do negócio depende também da velocidade com que o investimento consegue produzir receitas para remunerá-lo, isso significará um encarecimento”.

Devido ao ‘descasamento’ entre início de operação dos parques e conclusão da subestação, investidores começariam a fornecer energia eólica em setembro de 2013 e não em janeiro. Com a nova promessa, poderão fornecer energia eólica já em abril, caso a Aneel consiga concluir a subestação ainda no primeiro semestre. A obra, segundo Sérgio Azevedo, garante o escoamento de toda energia eólica gerada pelos parques concluídos até 2013. Depois, disso só a construção de um ‘linhão’, de acordo com o presidente do Comitê de Energias Renováveis.

A subestação atenderia os projetos aprovados no último leilão e concluídos até 2013. Mas não pararia por aí. “O Estado precisa dar segurança aos futuros investidores para que continuem investindo no RN”. A saída seria instalar um linhão que interligaria Piauí e Pernambuco, passando pelo RN com capacidade de 500 KW, a maior possível. ‘Esta seria a solução definitiva para os próximos seis anos”.

Conexão elétrica para projetos é um dos maiores gargalos

Para Otávio Silveira, presidente da Galvão Energia, um dos maiores gargalos no RN é a falta de condições adequadas de conexão elétrica para o grande número de projetos que o Estado tem conseguido colocar nos leilões. “Se por um lado o recurso eólico tem se mostrado além de abundante no RN, de grande qualidade, por outro, a falta de conexão adequada vai demandar de todos, empreendedores e governo, uma ação junto aos formuladores da política energética nacional, para se antecipar a implantação de uma infraestrutura capaz de atender as demandas de crescimento do setor para os próximos anos. Precisamos antecipar a construção de um linhão que atenda ao projetos atuais e futuros no RN”. conclui.

Sérgio Azevedo concorda. Sem a subestação e o ‘linhão’, a energia gerada pelos parques eólicos no RN não pode ser descarregada no sistema federal de energia. Ele enumera uma série de ações necessárias para atrair mais investidores e não causar tantos prejuízos, entre elas, melhorar a logística no estado. “Toda infraestrutura viária carece de investimento”. Alguns investidores também estão temerosos em relação a concessão de licenças. Porém, para Marcelo Toscano, diretor geral do Idema, não há motivos para preocupação.

Embora o número de técnicos seja pequeno, como ele mesmo reconhece, o órgão dispõe de um grupo técnico específico para tratar da energia eólica. Atualmente, o grupo conta com seis técnicos, número que poderá dobrar até julho de 2011. O objetivo da ampliação é atender a demanda cada vez mais crescente. Segundo Marcelo, os técnicos do Idema estão trabalhando em conjunto com o Ministério de Meio Ambiente e o de Minas e Energia para agilizar o processo de licenciamento.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama, voltou a dizer que o Estado está tomando as providências necessárias para viabilizar a construção dos parques eólicos no RN. Ele reconhece que o atraso, decorrente da falta de infraestrutura, causa prejuízos para todo mundo. “Para o estado, o ideal é que começasse logo”. A verdade, segundo Sérgio Azevedo, é que nem governo federal nem estadual poderiam prever a quantidade de investimentos e projetos captados pelo RN no setor de energia eólica até 2013. “Estado e empresários não esperavam este boom no RN”.

Fonte: Tribunadonorte

Gasolina chega a R$ 2,99 e provoca reação do MPE

O preço da gasolina chegou a R$ 2,99 em Natal, na tarde de ontem, representando um reajuste de 7% em relação à semana passada – quando o litro custava cerca de R$ 2,79 – e de nada menos que 10,78% na comparação com dezembro de 2010. Ainda assustados com a disparada principalmente do etanol nos últimos dias, influenciada pela entressafra da cana de açúcar e a consequente redução de oferta do produto – os motoristas foram mais uma vez pegos de surpresa. O aumento registrado em alguns postos também provocou reação por parte do Ministério Público.

Pelo menos seis postos de Natal vendiam o litro por R$ 2,99, ontem
Pelo menos seis postos de Natal vendiam o litro por R$ 2,99, ontem
Sem detalhar que fatores estariam estimulando particularmente a alta da gasolina neste momento, o Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom) disse, ontem, que o momento atual é de plena “entressafra da cana de açúcar e que, como em todos os anos, o etanol sofre, neste período, fortes elevações de preços nos produtores”. Segundo o Sindicom, o etanol disponível provém de estoques mantidos pelas unidades produtoras e vem sendo adquirido pelas distribuidoras a preços que têm aumentado a cada semana. “Este ano, as projeções de estoques e demanda indicam uma situação com menos folga que em anos anteriores, levando, consequentemente, a patamares de preço inéditos”, informou, através de uma nota.

Com o preço da gasolina, especificamente, na mira, o Ministério Público Estadual instaurou um inquérito civil na tarde de ontem para apurar as causas do reajuste do combustível.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do estado (Sindipostos RN) e a Secretaria Estadual de Tributação foram notificados pelo promotor de Defesa do Consumidor, da Comarca de Natal, José Augusto Peres, e têm dez dias para explicar as razões do aumento. Se as causas apontadas não forem suficientes para justificar o reajuste, secretaria e sindicato poderão responder à ação civil pública ou penal, dependendo do que o MPE apurar.

Junto à secretaria, o promotor quer saber se o reajuste de 2% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina comum – anunciado na semana passada - influenciou o aumento do preço.

Segundo pesquisa realizada pelo Procon municipal, os combustíveis já vinham registrando aumentos generalizados em Natal entre dezembro e 15 de março, com destaque para o etanol, que subiu 16%, chegando a R$ 2,57 em alguns postos da capital. A gasolina comum subiu 3,65% no período analisado, enquanto a aditivada subiu 3,52% e o diesel, 3,12%. Desde dezembro, a gasolina já subiu mais de 10% em Natal, passando de 2,699 (número registrado em pesquisa do Procon), para R$2,99.

Alta se espalha pelo Nordeste, mas é maior no RN e na PB

Não foi só no Rio Grande do Norte que o valor da gasolina surpreendeu o consumidor. Na Paraíba, o litro do combustível, que gira em torno de R$ 2,40 a R$ 2,60, na maioria dos postos, também passou a ser encontrado por até R$ 2,99 neste fim de semana. Em Fortaleza, capital do Ceará, o litro, que custava R$ 2,75 até a semana passada, ficou R$ 0,10 mais caro. O movimento de alta também tem sido percebido na Bahia e em Pernambuco.

Segundo apuraram repórteres e editores dos jornais O Povo (CE), Jornal do Commercio (PE), A Tarde (BA) e Correio da Paraíba – consultados pela TRIBUNA DO NORTE ontem - os preços da gasolina têm aumentado no embalo do encarecimento do etanol. É essa a justificativa que entidades ligadas ao setor têm apresentado para explicar a alta.

No caso da Paraíba, de olho no aumento constatado no fim de semana, o Procon estadual vai exigir a planilha de custos de todos os postos, na tentativa de averiguar o que tem provocado a alteração dos valores nas bombas.

No Rio Grande do Norte, uma das razões para o aumento do preço da gasolina comum pode ter sido o reajuste em 2% no ICMS, no último dia 29 de março. De acordo com o secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, o aumento em 2% foi autorizado por uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada na gestão anterior. Parece pouco. Mas o aumento gera uma receita de R$ 33 milhões por ano. Segundo Paulo de Tarso, o aumento do imposto vai pesar no bolso do consumidor. O aumento na gasolina vale para todos os consumidores. “O aumento é pequeno, mas existe. No litro, pode parecer insignificante. Mas no tanque cheio, vai pesar”, disse.

Novo preço gera surpresa e críticas por parte do consumidor

O servidor público federal Olinto José Neto, 43, não acreditou nos valores afixados na placa, quando foi abastecer o carro, ontem. Ele havia abastecido a R$2,79 no mesmo posto no último sábado e nem imaginou que o preço pudesse ter sido reajustado tão rapidamente. Natural de João Pessoa, questionou o valor cobrado no RN.

“Isso é um absurdo. Morei em João Pessoa até 2009. Lá pagava R$2,28 pelo litro. Assim que cheguei no RN comecei a pagar mais de R$2,70. Nem sei a razão deste aumento. Não tem uma justificativa”, afirmou. A médica Jaqueline Dantas, 40, também ficou impressionada com o aumento. “Abasteci a uma semana e paguei R$2,79. O RN tem uma das gasolinas mais caras. Estive há 15 dias em Recife e na Paraíba e lá a gasolina é mais barata. Porque aqui é este valor?”, questionou.

Na tarde de ontem, a equipe de reportagem da Tribuna do Norte visitou dez postos de combustíveis em várias zonas da cidade – seis deles já vendiam gasolina a R$2,99; três ainda não haviam reajustado o preço e vendiam a R$2,79 e apenas um vendia gasolina num valor intermediário. Para entender os motivos do reajuste, a reportagem entrou em contato com Sindpostos/RN, Fecombustíveis, Sindicom, Petrobras e BR Distribuidora.

Sindpostos e Fecombustíveis não se pronunciaram. O Sindicom justificou o reajuste apontando o aumento no preço no etanol, embora não tenha associado este aumento ao reajuste no preço da gasolina no RN. A BR Distribuidora, da Petrobras, afirmou que as distribuidoras são proibidas de discutir preços e comentar o assunto. O reajuste causou insatisfação nos natalenses, virou tema de campanha no twitter e transformou o aumento no preço da gasolina num dos assuntos mais comentados no Trending Topics Brasil.

Fonte: Tribunadonorte

Estudo da Conab prevê novo recorde para safra de grãos no Brasil

O sétimo levantamento da safra de grãos 2010/2011 mostra que a produção do país deve alcançar novo recorde e chegar a 157,4 milhões de toneladas. O estudo é realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O volume divulgado pela Conab representa um aumento de 5,5%, ou cerca de 8,2 milhões de t a mais que a safra passada, que foi de 149,2 milhões de t. Comparada ao último levantamento, realizado em março, a produção cresceu 2,1%, o que equivale a 3,2 milhões de t. A área cultivada também aumentou e chegou a 49,2 milhões de ha (1,8 milhão de ha a mais ou 3,9% de acréscimo).

O aumento das áreas de plantio deve-se à ampliação do cultivo do algodão, do feijão (primeira e segunda safras), da soja e do arroz. A boa influência do clima sobre o desenvolvimento das plantas também foi responsável por essa evolução. O algodão teve o maior crescimento percentual em área, com 62,9% a mais que no ano passado (835,7 mil ha). Esse aumento pode levar a uma produção de 2 milhões de t, o que significa 833,5 mil t a mais em comparação à anterior (1,2 milhão de t).

A área cultivada de feijão deverá crescer 10,3% e chegar a 4 milhões de ha. Comparada à safra passada, a produção eleva-se em 14,5% e pode alcançar 3,8 milhões de toneladas. A área do 1ª safra é de 1,4 milhão de ha, enquanto que a do 2ª safra deverá atingir 1,7 milhão de ha.

No caso da soja, houve uma ampliação da área de 2,3%, com o cultivo em 24,2 milhões de ha. A produção cresceu 5,2% e chegou a 72,2 milhões de t. A colheita do grão está em fase final nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Para o arroz, o aumento da área foi de 2,8%, o que equivale a 2,8 milhões de ha. A produção também deve apresentar crescimento de 15,4% em relação à safra passada, com 13,4 milhões de toneladas. Na safra anterior, o total foi de 11,7 milhões de t.

Já a produção de milho deve ser de 55,6 milhões de t, 0,7% a menos que a safra passada (56 milhões de t). A queda teve origem no milho 1ª safra, em menor grau, em função da diminuição da área em 55,5 mil ha, o que levou a 7,8 milhões de ha plantados. Para o milho 2ª safra, a estimativa é semear 5,5 milhões de ha, um aumento de 4,5%, com a produção de 21,7 milhões de t, menos que a da safra passada. A razão é que a semeadura de boa parte da lavoura foi feita fora da época de recomendação técnica.

A pesquisa foi realizada por 68 técnicos, no período de 21 a 25 de março. Foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.

Fonte: CONAB

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Governo tenta conter preço de alimentos

Com a disparada dos preços das commodities no mercado internacional, o governo federal mudou de estratégia e intensificou este ano a realização de leilões de alimentos. A preocupação principal é o milho, cujo valor está pressionado desde outubro do ano passado. Esse grão é utilizado como comida para animais e, portanto, influencia diretamente nos preços das carnes bovina, suína e de frango.


A preocupação principal é o milho, cujo valor está pressionado desde outubro do ano passado

O objetivo dos leilões de estoques do governo é segurar os preços, impedindo pressões adicionais na inflação. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, mostram que a quantidade de toneladas de alimentos leiloados pelo governo no primeiro trimestre já ultrapassou de longe os números de 2010. Nos três primeiros meses de 2011, foram ofertados 3,713 milhões de toneladas de alimentos, e 2,112 milhões de toneladas foram negociadas, resultando em R$ 751,812 milhões.

Em relação a 2010, houve um aumento de 69% no volume de toneladas ofertadas e de 161,7% no que foi negociado. Em 2010, essas operações renderam R$ 297,283 milhões - queda de 152% na comparação apenas com o primeiro trimestre deste ano. Praticamente tudo do que foi leiloado neste ano é milho. Foram ofertado 3,695 milhões de toneladas de milho e 2,111 milhões foram negociadas, o que rendeu R$ 750,193 milhões ao governo.

Estabilidade

Segundo o superintendente de operações comerciais da Conab, João Paulo de Moraes Filho, entre 2008 e o início de 2010, os leilões do governo eram realizados, prioritariamente, para garantir o preço mínimo dos produtos ao agricultor. Porém, a partir do segundo semestre de 2010, esse comportamento mudou por causa da forte elevação dos preços das commodities no mercado externo.

“Agora, o objetivo é dar estabilidade aos preços. Os estoques do governo são justamente para isso”, disse o superintendente. “Não posso manter os preços artificialmente baixos. Mas posso vender uma quantidade para manter a estabilidade.”

A política de intervenção no mercado para evitar disparada dos preços é elaborada pelos técnicos do Ministério da Agricultura e da Conab com base no comportamento do mercado. Normalmente, os produtos são vendidos em locais onde ocorreu perda de safra ou atraso na colheita por questões climáticas.

Para o analista de milho da Celeres Consultoria, Anderson Galvão, os leilões de venda de milho têm pouca influência para segurar os preços. Isso porque existe uma percepção do produtor de que o governo não tem estoques suficientes para conseguir evitar a disparada dos preços. “A Conab tem estoques suficientes para atender a demanda, mas não para derrubar os preços.”

Arroz. Se por um lado o governo vende milho, por outro está comprando arroz. Os preços caíram consideravelmente e, para garantir uma renda mínima ao produtor, a Conab está comprando para estocar. “O objetivo é não deixar o produtor desestimulado”, afirmou o superintendente da Conab.